terça-feira, 27 de abril de 2010

Argumentação e Assertividade: o Aborto


Cidadania e Profissionalidade - DR1


No primeiro domínio de referência o tema tratado foi a capacidade argumentativa.
A proposta de trabalho foi fazer uma pesquisa acerca da interrupção voluntária da gravidez.
O objectivo do trabalho seria defender a nossa posição em relação a este tema, com argumentos válidos.
O trabalho consistiu no seguinte: em primeiro lugar definimos o que é o aborto, depois falamos acerca dos diferentes tipos de aborto que existem, mais tarde acerca das leis referentes ao aborto em diversos países.
Para terminar referimos alguns argumentos a favor e outros contra o aborto, para que assim as pessoas pudessem formar uma opinião sobre este tema.
No final, fiquei a perceber melhor o porquê de algumas pessoas procurarem o caminho do aborto, pensando que assim podem estar a resolver todos os seus problemas.
Fiquei também com uma melhor noção acerca dos prós e contras que podem estar envolvidos num determinado assunto, ao mesmo tempo que consigo formular e justificar melhor a minha própria escolha.
A minha opinião pessoal é essencialmente contra pois acredito que ninguém tem o direito de escolher se uma pessoa vive ou morre, quanto mais quando se trata de uma criança indefesa. Porém, aceito que o aborto seria uma boa solução no caso da existência de um feto com malformações, mas também penso que se todos os bebés nascessem “perfeitos” estaríamos a tentar criar uma “raça” perfeita.


Eu e a minha turma gostariamos que nos desse a sua visão sobre esta temática...


Nuno Magalhães

4 comentários:

  1. Tema controverso, este que é proposto.
    Há quem se mostre acérrimo opositor, por motivos de ordem religiosa. A vida é sagrada, atentar contra a vida é crime. Quando começa a vida? No momento da concepção,defendem.
    E todas aquelas situações dramáticas de gravidez resultante de violação, de gravidez por violação de criança, de gravidez por violação de deficiente?
    Num parto de alto risco, em que se salva a mãe ou a criança, quem salvar?
    A mulher, mãe de vários filhos e quase sem condições económicas para os sustentar,poderá ser condenada por optar pela interrupção voluntária da gravidez?
    Uma opção dessa natureza é uma opção dramática com altos custos emocionais para a mulher.
    Toda e qualquer mulher sofre se for condenada a não poder prosseguir a sua gestação.
    Estou assim em clara discordância com os acérrimos opositores...

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  2. Desde ja agradeço o seu comentário, de facto existem vários factores que considero essenciais para que o aborto seja realizado, e os exemplos que deixou no seu comentario são claramente situações extraordinárias.
    Penso que o aborto não deve ser encarado como um atentado há vida mas sim uma forma de a salvaguardar. Para que uma criança não venha ao mundo apenas para sofrer mas sim para ser feliz.

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  3. Na minha opinião, uma criança só deve vir ao mundo se for querida e para ser amada. Além disso, é necessário e essencial que se garantam as condições básicas à mãe e ao filho, para que possam viver dignamente, o que nem sempre acontece.
    Por isso, penso que o acompanhamento psicológico da mulher grávida a pedido desta é fundamental, no sentido de a ajudar a tomar uma decisão.
    Também seria importante que se garantissem as condições económicas e sociais às mães ou às famílias que decidam ter o filho, sobretudo a nível de creches e de horários das mesmas.
    Haveria muito a dizer, mas penso que nenhuma mulher tomaria uma decisão destas de ânimo leve. E o papel do pai?
    Toda a sociedade condena a mulher que faz um aborto e deixa impune o pai do bébe que por vezes a ameaça ou lhe exige que o faça. Não deveria ser ele o principal pilar de apoio e de aconselhamento para a mãe do seu filho...?

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  4. Boa noite,

    Na qualidade de "navegante" da Internet, gostaria de deixar os meus parabéns pela qualidade da informação, escrita, sinceridade e temas abordados neste blogue. Excelente.

    Tenho que confessar que não resisti a comentar este tema tão sensível e pertinente, que é o aborto, daí a minha contribuição.

    Na minha opinião, penso que existe uma confusão generalizada na sociedade sobre o que é Ética ou Valores e o que é Lei, ou Política se assim o desejarem.

    De um ponto de vista Legal, sou absolutamente a favor da despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Por uma questão muito simples: Liberdade!
    Exactamente, é de Liberdade que estamos a falar. A Liberdade de cada um ser responsável, para o bem e para o mal, pelas suas acções. Eu não tenho o direito de, com o meu voto, impedir que a vizinha, colega, amiga ou simples desconhecida façam o que a consciência lhes dita, sendo elas as pessoas melhor avalizadas para tomarem essa decisão. Já pensaram que ao votar "Não", seguindo os vossos valores, estão a condenar uma criança a uma vida de infelicidade, no seio de uma família em que ela não é querida, nunca será amada, e onde muito provavelmente maus tratos, desprezo ou abandono serão as únicas manifestações de "carinho" que a criança conhecerá ao longo dos seus tenros anos. Ao "obrigar" pais a terem filhos indesejados, estão assim a contribuir para a infelicidade destes. É isso que querem? Vale a pena a existência a qualquer custo?
    E mais haveria a dizer:
    - É justo a mulher ser a única condenada? e o Homem?
    - É justo quem tiver recursos económicos poder ir a uma clínica no estrangeiro enquanto outros mais humildes sujeitam-se a poder morrer, às mãos de "entendidos" no assunto?
    Despenalização sim, mas uma despenalização responsável, onde seja obrigatório a frequência de consultas de psicologia para aferir da(s) certeza(s) da mãe em prosseguir com a sua intenção de abortar.

    Agora, se me perguntarem para formular uma opinião baseada meramente nos meus Valores, posso garantir com absoluta certeza que, como pai, nunca seria capaz de condenar um filho meu à morte, seja em que estádio da gravidez for...

    HM

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